Pessoal, vejam esse estudo de caso sobre Criatividade.
Um Grupo de pessoas foi convidado para fazer um exercício que na verdade tinha pouquíssimas regras: primeira regra, não existe certo ou errado, a ideia era que fosse um exercício absolutamente intuitivo, sem medo de errar.
Bom, pediram que as pessoas pegassem uma folha em branco e um lápis ou caneta e desenhassem 24 bolinhas, relativamente grandes, em 4 linhas de seis bolas, formando assim um A4 cheio de bolinhas.
O grupo logo pegou o material e desenharam os círculos….
Tudo pronto, as folhas estavam preenchidas com os círculos e o mediador assim passou a segunda regra: o grupo teria 30 segundos, e não mais que 30 segundos, para desenhar nas bolinhas… E foi esse o exercício, 30 segundos desenhando nas bolinhas.
O mediador assim preparou o cronômetro e deu start ao exercício…
30 segundos, valendo. disse ele.
O tempo passava, as pessoas se olhavam, olhavam o papel, olhava para o mediador e tentavam fazer o que podiam com aquele tempo que foi estipulado.
Deu! Larguem a caneta, agora a gente vai ver e entender o resultado.
Depois de todos concluírem, o mediador pegou as folhas e foi dar o feedback. Com tantas possibilidades na interação com o exercício, notou-se um padrão de comportamento.
Acontece sempre assim, uma graande maioria faz esse tipo de desenho:
Em quase todos os casos, as pessoas desenham dentro das bolas, ou uma carinha ou um solzinho, e muitas poucas pessoas se arriscam a fazer algo diferente.
Ora, foi passado apenas uma regra, desenhar na bolinha. Não foi imposto que teria que ser dentro ou fora. Porém a grande maioria, o maior número de pessoas, desenharam dentro da bolinha e pouquíssimas se arriscaram a fazer algo diferente.
Mas o que que isso significa? Que as pessoas não são criativas?
Na verdade o que isso demonstra é que temos um pensamento muito estruturado, fomos educados a pensar assim, e isso acaba limitando a nossa capacidade de arriscar, vamos todos nos organizando através do medo, de ter que fazer certo, e isso vai limitando a nossa capacidade criativa.
Então porquê não se arriscar?
Se foi falado que era para desenhar nas bolinhas, e por consequência as pessoas desenham dentro das bolinhas. Não foi imposto que teria que ser assim! Mesmo tendo alguns que se arriscassem mais, nesse estudo notou-se que a grande maioria seguia um padrão.
Porém o mais engraçado é que é sempre uma carinha, um solzinho ou uma arvorezinha, sempre desenhos que seguem o traço infantil.
Mas porquê esse traço infantil?
Neuro-cientistas entenderam que no passado, quando todos nós desenhávamos, quando não tínhamos medo de desenhar, nos expressávamos, e não corríamos nem um risco.
Então o desenho, esse traço é sempre infantil pq voltamos mentalmente no tempo e trazemos para o agora o tempo em que arriscávamos na infância.
Bom, depois de todo esse exercício vou mostrar para vcs algumas possibilidades criativas que aparecem como essas pessoas se arriscaram mais.
Conclusão, depois desse exercício, na verdade uma provocação para refletirmos sobre uma questão: a questão da criatividade!
Hoje cada vez mais as empresas estão buscando criativos que pensam fora da caixa, porém o que entendemos é que precisamos trabalhar a questão da criatividade, é isso que devemos buscar, e não achar que não somos criativos.
Então, a grande questão que entra aqui é: todos nós temos os dois lados do cérebro, o direito e o esquerdo, e os dois devem ser estimulados. O lado direito se refere a intuição, a criatividade, a um pensamento mais sistêmico. E o lado esquerdo, o lado da razão.
Com isso, é importante entender que podemos sim estimular tanto um lado como o outro, e não simplesmente achar que isso é um Dom, e que fulano é criativo e eu não! Todos nós podemos e devemos exercitar. E isso já é parte do processo de enfrentarmos os medos e trabalhar assim a sua capacidade criativa.
A questão final é que, às vezes temos tanto medo de errar que esse medo paralisa. E é aí que está o grande risco do medo, o maior entrave do processo criativo. Como eu enfrento esse medo? Como eu arrisco mais?
Você já passou por um processo assim? Que tal contar aqui nos comentários e ajudar a todos nós nos desenvolvermos…
Até o próximo artigo!
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